O Papa Francisco afirmou nesta segunda-feira
que a criação do mundo "não é obra do caos, mas deriva de um princípio
supremo que cria por amor".
"O Big-Bang não contradiz a intervenção
criadora, mas a exige", disse o pontífice na manhã desta segunda-feira
para os acadêmicos da Pontifícia Academia das Ciências, reunidos para a sua
plenária, na inauguração de um busto de bronze em homenagem ao papa emérito
Bento XVI.
O papa criticou que quando as pessoas leem o
livro do Gênesis sobre como foi a origem do mundo, pensam "que Deus tenha
agido como um mago, com uma varinha mágica capaz de criar todas as coisas. Mas
não é assim".
Segundo Francisco, o homem foi criado com uma
característica especial - a liberdade - e recebe a incumbência de proteger a
criação, mas quando a liberdade se torna autonomia, destrói a criação e homem
assume o lugar do criador.
"Ao cientista, portanto, e, sobretudo, ao
cientista cristão, corresponde a atitude de interrogar-se sobre o futuro da
humanidade e da Terra; de construir um mundo humano para todas as pessoas, e
não para um grupo ou uma classe de privilegiados", concluiu o pontífice.
A Pontifícia Academia das Ciências foi fundada
em 1603, em Roma, com o nome de Academia dos Linces. É formada por 80
pesquisadores nomeados vitaliciamente pelo papa.
Conforme as regras, os candidatos a uma vaga na
academia são escolhidos com base na relevância de suas análises científicas e
da sua reconhecida estatura moral, sem qualquer discriminação ética ou
religiosa.
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